Depois de graves irregularidades identificadas em inspeções a pedido do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM), a Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf) e o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) decidiram pela interdição imediata do abatedouro municipal de Nhamundá.
As vistorias ocorreram na última terça e quarta-feira (18 e 19/02). A promotora de Justiça Ana Carolina Arruda Vasconcelos acompanhou as inspeções.
Irregularidades sanitárias e ambientais levaram à interdição
A Adaf constatou que o abate dos bovinos era feito de forma inadequada. O processo não seguia normas sanitárias, gerando risco de contaminação para os consumidores.
O Ipaam identificou despejo irregular de resíduos no rio. Tanto resíduos sólidos quanto líquidos eram descartados sem tratamento, causando danos ambientais.
Ministério Público busca solução para reabertura
Segundo a promotora, a interdição foi necessária diante das irregularidades. “Os órgãos técnicos apresentarão pareceres detalhados até a próxima quarta-feira (26/02)”, afirmou.
Com base nesses pareceres, o MPAM organizará nova reunião com a prefeitura. O objetivo será definir um cronograma para corrigir os problemas.
Problemas no abatedouro são antigos
Em 2021, o MPAM já havia ajuizado ação civil pública contra o município. O motivo foi a falta de licença ambiental para o funcionamento do abatedouro.
Em novembro de 2024, nova inspeção constatou que as irregularidades persistiam. Na época, a prefeitura prometeu solucionar os problemas, mas isso não ocorreu.
Prefeitura aguarda recursos para regularização
Em nota, a prefeitura reconheceu a necessidade da interdição. O município aguarda a liberação de recursos via emenda parlamentar para adequar o abatedouro.
Somente após a correção das falhas, os órgãos técnicos avaliarão a reabertura do local.
Impactos da interdição no município
A suspensão das atividades do abatedouro pode afetar o abastecimento de carne na região. Comerciantes e produtores locais precisarão buscar alternativas para o processamento de bovinos.
Além disso, a interdição reforça a necessidade de fiscalização contínua em estabelecimentos do setor.
O que acontece agora?
O MPAM seguirá acompanhando o caso e cobrando soluções da prefeitura. A expectativa é que um plano de regularização seja apresentado nos próximos dias.
Enquanto isso, a população deve ficar atenta às condições sanitárias dos produtos consumidos.