Julian Larry Barbosa Soares, Alinelson Willian Araújo Pereira e Adriano Fogassa Almeida enfrentarão júri popular acusados de planejar e executar o assassinato de Rafael Moura Cunha, dono do Pagode do P10 e sócio da empresa Blend Lounge Café. O crime ocorreu no dia 2 de dezembro de 2021, na avenida Carlota Joaquina, bairro Parque 10 de Novembro, em Manaus.
A decisão de levar os réus a julgamento foi proferida pelo juiz Fábio Olintho de Souza, titular da 1.ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus. A denúncia aponta que a motivação do crime foi uma disputa financeira envolvendo cotas da empresa Blend Lounge Café, da qual a vítima era sócio majoritário.
Motivação do crime
De acordo com a denúncia, Julian Larry teria planejado o assassinato de Rafael Moura devido a desentendimentos comerciais. Ambos firmaram um Termo de Compromisso em junho de 2021, no qual Julian se tornaria sócio da empresa “Blend Lounge Café” com 50% das cotas, mediante o pagamento de R$ 450 mil.
Entretanto, até a data do crime, Julian havia pago apenas R$ 50 mil. Após cobranças insistentes por parte da vítima e ameaças de rescisão do contrato, Julian teria contratado Adriano Fogassa Almeida e Alinelson Willian Araújo Pereira para executar o homicídio.
O crime
Rafael foi morto de forma premeditada, configurando homicídio qualificado por motivo torpe (art. 121, §2°, inciso I) e emboscada (art. 121, §2°, inciso IV). A investigação apontou que a ação foi cuidadosamente planejada para dificultar qualquer chance de defesa da vítima.
A denúncia formal foi apresentada pelo promotor Marcelo Salles Martins em junho de 2022 e aceita pela 1.ª Vara do Tribunal do Júri em agosto do mesmo ano.
Próximos passos
Com a decisão de pronúncia, os réus aguardam o trânsito em julgado para que o julgamento seja agendado em plenário. Apesar da gravidade das acusações, Julian Larry, Adriano Fogassa e Alinelson Willian respondem ao processo em liberdade.
Impacto e repercussão
A comunidade local acompanha o caso com atenção, destacando a brutalidade do crime e o envolvimento de empresários na prática de atos violentos. Especialistas em direito penal apontam que julgamentos como este são fundamentais para reforçar a confiança na Justiça e garantir que crimes motivados por disputas financeiras não fiquem impunes.